de Finibus Bonorum et Malorum



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De volta.

Cheguei hoje de viagem. Agora o que tenho pela frente é me readaptar ao fuso horário e seguir com o meu trabalho.

Essa viagem foi importante por tantos motivos que não dá nem pra enumerar. O primeiro deles foi matar uma saudade que estava me torturando há dez meses. O curioso é que, agora que estou de volta, nunca essa saudade foi tão forte, nem nunca doeu tanto.
O segundo foi restaurar, pelo menos em parte, algo de que eu não cuidei como deveria – um erro pelo qual quase paguei caro (demais). Para ser honesto, ainda existe aquele pequeno “gremlin” lá no fundo da minha consciência gritando enlouquecido, me perturbando de uma maneira que eu nunca achei que fosse possível. A verdade é que a perspectiva que enfrentei foi terrível, algo que não consigo descrever. A lição que tiro disso é que nunca devemos ter o amor como algo garantido, que vá resistir a qualquer teste que apareça. Ele tem que ser cultivado, alimentado. E tudo o que fazemos ou dizemos conta. No meio do turbilhão em que me encontrava, quase me esqueci disso e pus tudo a perder. E sei que terei pesadelos por muito tempo.
O terceiro foi finalmente perceber que, por mais que o mundo seja um lugar grande, pessoas sempre serão pessoas, educadas ou não, alegres ou não, sem distinções. E que há mais que o velho esquema “escola-cinema-clube-televisão”.

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