de Finibus Bonorum et Malorum



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A Reitoria e o Leopardo

Este post do Super no Stoa me fez pensar um pouco a respeito de alguns assuntos aos quais não venho dando muita atenção há tempos. Ultimamente, quando alguém começava a falar de manifestações, passeatas, invasões e todo esse tipo de baboseira de revolucionários de fim de semana, eu vinha dando o mínimo de atenção e simplesmente não me envolvia na conversa.

Só pra esclarecer, continuo assim.

O pensamento que o post incitou na minha mente foi a respeito de como certas coisas não mudam e me faz questionar a diferença que a invasão da reitoria da USP vai fazer.

Ao mesmo tempo, eu tento justificar para mim mesmo as minhas posições a respeito. Afinal de contas, por mais equivocados que sejam os esforços do “Movimento Estudantil”, as intenções que as suas reivindicações aparentam ter são boas. No entanto, a história parece não cansar de se repetir: invariavelmente, o bandejão e o circular são os primeiros a parar de funcionar, seguidos por “manifestações democráticas” por parte dos estudantes(?): estardalhaço, cartazes de extremo mau gosto (e não raro mal escritos também) feitos de papel kraft, invasões de prédios da universidade, batucada (que atrapalha as aulas), carros de som para a “companheirada“, et cetera. A lista não acaba mais. O ponto é que de democráticas essas manifestações não têm nada: invariavelmente trata-se de uma minoria atrapalhando a vida da maioria. E depois, quando ninguém vai com a cara do “movimento”, seus integrantes dizem que as pessoas são “doutrinadas”, “autoritárias”, “anti-democráticas”, e outros adjetivos não tão educados.

Cada vez eu tenho mais certeza de que tentar mudar as coisas na marra não funciona. Para quê ser um lemingue se se pode ser um leopardo?


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