de Finibus Bonorum et Malorum



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Existem diversas coisas sobre as quais eu gostaria de falar aqui. Nos últimos dias tive várias idéias de posts, mas nos momentos errados. Aí, quando não dá tempo de anotar a idéia, e não dá pra encontrar nenhuma maneira de lembrar dela depois, ela vai embora e nunca mais volta.

E aí, o post morre antes mesmo de nascer. É uma pena, pois a única coisa que lembro das últimas idéias de posts que tive é que eram todas muito boas.

Ou pelo menos, eram. Eu só lembro de achar que eram boas na hora que me ocorreram, mas como não dá pra lembrar delas eu não consigo dizer se eram boas mesmo ou se achei boas na hora mas na hora de escrever elas renderiam alguma coisa que prestasse.

E aí, ficamos assim, sem assunto pra discutir aqui.

Mas uma coisa que posso dizer é que eu gostaria muito de fugir um pouco da discussão política. Não sou analista político, e ultimamente ter opinião em qualquer questão dessas é, para muita gente, sinônimo de escolher um lado.

Eu acho isso péssimo. Independente de quem permaneça como presidente, acho que o passo mais fundamental para todos seria procurar entender que outras pessoas têm direito a ter suas próprias opiniões, aceitar que a maioria delas não vai concordar comigo e seguir em frente, procurando encontrar uma maneira de trabalhar coletivamente para que o país siga em frente, em vez de ficar estacionado promovendo um espetáculo triste para o resto do mundo assistir, já que no fim das contas somos nós mesmos que vamos pagar a conta de tudo isso.

Infelizmente (ou não), eu sou apenas uma voz. E, por mais que uma única opinião possa, através de algum mecanismo caótico, causar uma mudança de hábito em um grande número de pessoas, invariavelmente isso só vai acontecer ao longo de um processo longo e nem sempre linear. Ou seja, nenhuma mudança significativa acontece do dia para a noite. Eu gostaria muito que os brasileiros em geral percebessem o tamanho do erro que cometem ao tomar certas atitudes, que deixassem de lado essa mania de “briga de torcida”  e procurassem pensar de maneira mais crítica sobre a maneira que participam da vida do país.

Nossos políticos são o reflexo de nossa sociedade, já falei isso aqui antes. Eles nos representam. No momento em que começarmos a agir de maneira mais consciente, o comportamento deles vai refletir isso. Enquanto mantivermos a noção de que democracia só se faz na urna e no dia da eleição, não importa em quem votemos, nada vai mudar. O voto não é uma carta branca que permite que os políticos façam o que querem; nem é um termo de transferência de responsabilidade. Somos responsáveis por quem elegemos, e temos o direito de exigir que sejamos ouvidos e que nossas necessidades sejam atendidas. Não basta simplesmente votar em alguém porque “parece honesto” e esquecer do assunto; trata-se de um contrato que é estabelecido de forma implícita. O representante eleito pelo povo precisa ouvir aqueles que o elegeram. Os eleitores, por sua vez, não têm o direito de achar que, ao ter votado, podem simplesmente relaxar e tornarem-se agentes passivos do processo político; se nossos representantes devem nos ouvir, então devemos nos manifestar.

É mais que simplesmente votar; é acompanhar o trabalho daqueles que recebem nosso voto. É necessário procurar saber qual é a participação deles dentro das câmaras municipais, das assembléias legislativas, e no congresso nacional.

Se temos empregados, temos que dizer a eles – constantemente – como esperamos que eles realizem seu trabalho. Sem diretrizes, eles agirão por conta própria e segundo seus próprios critérios. E é aí que mora o perigo.

Voltando…

Mas enfim, como eu disse antes, gostaria mesmo é de falar menos de política.

Este blog não é um blog de comentário político. É o lugar onde eu coloco as sandices que surgem na minha cabeça.

Ultimamente tenho andado preso em um modus operandi meio cruel. A vida vai levando a gente e, se não tomamos cuidado, acabamos indo parar em um lugar onde não queremos estar. Quero evitar que isso aconteça.

Uma das maneiras de fazer isso é resgatar o meu nerd interior. Antigamente eu dedicava mais tempo e atenção a coisas mais interessantes, como RPG, jogos, filmes, cultura nerd em geral. Por vários motivos isso acabou ficando em segundo plano. Com os horários cretinos que eu tenho tido, não é nenhuma surpresa.

Mesmo assim, com um pouco de organização, acho que dá pra resgatar um pouco disso. Não posso simplesmente entrar no modo automático e levar um dia depois do outro, porque é assim que a gente morre.


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