2016 foi um ano de merda. Tá aí, falei.
Isto posto, anos pares têm sido, historicamente, ruins para mim (há exceções, claro). 2016 foi um dos piores.
Não vou ficar aqui falando de tudo que me aconteceu no ano que acabou antes de ontem, mesmo porque certas coisas eu não gosto de ficar postando em lugar nenhum.
Mesmo assim, gostaria de registrar meus sentimentos com relação a 2016 aqui, nem que seja para ler daqui a dez anos e pensar “no que diabo eu estava pensando?”, que é o que eu faço atualmente com as postagens mais antigas deste blog (sem considerar as que são ainda mais antigas mas que por um motivo ou outro eu acabei perdendo).
Para começar, duas batidas de carro. Uma dentro de um estacionamento cujo proprietário não foi exatamente honesto, mas que poderia ter sido pior. Ainda assim, fiquei insatisfeito com a resolução porque no fim das contas eu paguei pelo erro dos outros. Enfim. A outra batida foi de uma pessoa que não olhou para os lados quando deveria e sumiu devidamente sem deixar muitas pistas… em parte por causa da minha idiotice, já que eu deveria ter pedido o documento dela, anotado todas as informações e feito um registro fotográfico melhor… fica o aprendizado (e a eventual ação no tribunal de pequenas causas).
Fora isso, fui incluído no contingente de pessoas que perdeu o emprego “por conta da crise”. Uma crise que se originou da administração estúpida e irresponsável, típica da classe política brasileira, que por sua vez representa o povo brasileiro, que não sabe (nem quer) participar da vida política do país. O resultado são as raposas tomando conta do galinheiro… e quem paga a conta dos ovos são as galinhas, que em sua maioria só se interessam por futebol, carnaval e cerveja. E ai de quem “falar mal”: “como assim você não gosta de futebol? Você não é brasileiro não?”
Apontar erros é, na verdade, justamente o oposto que “torcer contra”. Sem alguém para indicar o que está errado, como podemos melhorar? Mas, em vez disso, a maioria das pessoas encara isso de uma maneira estupidamente reversa, como se deixar de assumir os problemas fosse fazê-los ir embora.
De qualquer forma, este post não é sobre a estupidez das pessoas. Então, seguindo…
Perdi um amigo em 2016. Alguém que eu considerava como um membro da família, que tinha livre acesso à minha casa e à minha vida particular, mas que mostrou que não era digno dessa confiança toda. Não quero dar mais detalhes, mas eu atingi a minha cota: certas pessoas não valem a pena o esforço, e quero me concentrar em quem vale.
Meu balanço de 2016 é que perdi muita coisa, mas essas perdas contribuíram para o meu crescimento. Aprendi muito, e percebi que passei tempo demais tentando fazer a coisa errada – ainda que pelos motivos certos. Por mais difícil que seja, é necessário seguir o caminho que defini para mim mesmo há tanto tempo atrás, e embora seja necessário admitir que a rota percorrida não seja a traçada, também é necessário lembrar que os desvios só valem a pena se levam ao mesmo destino.
Como sempre, persistência, paciência e disciplinas são as palavras de ordem.
Que venha 2017.
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