de Finibus Bonorum et Malorum



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99 anos de Corinthians

Ser corinthiano é aquela coisa inexplicável, aquele estado de espírito agitado e turbulento, a paixão desmedida. Cada corinthiano tem uma história de amor pelo clube, uma dessas razões inexplicáveis para torcer com tanta força por um time que não precisa ser campeão mais vezes que os rivais, nem sequer precisa de estádio para ter a maior torcida em seu próprio estado de todos os clubes brasileiros.

Ser corinthiano é ter a vida marcada igualmente pela glória e pela dor, pela alegria e pelo sofrimento. “Corinthiano, maloqueiro e sofredor, graças a Deus.”
E só quem é entende. Não dá pra explicar, ou se é, ou não. A torcida desse time tem seus mistérios, aqueles fatos inexplicáveis, aqueles atos extremos e desmedidos, provocado por um time de futebol. Às vezes nem mesmo o corinthiano compreende de onde vem esse sentimento, mas ele não pode fazer nada senão torcer, espremer os olhos quando o adversário ataca, trocar de canal achando que isso vá mudar a sorte do time, gritar insanamente mesmo sabendo que o alvo de seu grito não pode ouvi-lo. E acaba fazendo parte de um povo que não tem distinção alguma, e cujo entusiasmo incomoda tanto que mesmo quem não gosta de futebol torce contra.
Que outro time de fora do Rio de Janeiro jogou em casa em pleno Maracanã, como fizemos em 76?
Que outro time viu sua torcida aumentar, apesar do jejum de 23 anos sem títulos e do tabu contra o Santos de Pelé?
Daqui a 362 dias serão 100 anos de paixão. Juca Kfouri já colocou em palavras melhor que eu seria capaz: “para o corinthiano ser campeão é mero detalhe.
Razão pela qual o centenário corinthiano deve ser comemorado por si mesmo.
Se junto vierem novas conquistas, muito bem, nada contra.
Mas a maior conquista é estar vivo, há 99 anos, no coração do povo corinthiano.
Com a certeza da eternidade.”

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