Este post será curto.
Hoje enquanto dava uma arrumada em casa botei uma playlist no Spotify (como é de costume). Pobres vizinhos, às vezes são obrigados a compartilhar comigo o meu gosto musical (peço desculpas pelo inconveniente).
Música sempre fez parte da minha vida. Uma parte importante. Quando eu era moleque meu passatempo favorito era criar mix-tapes com o que estivesse ao meu alcance. Geralmente isso significava os discos de vinil dos meus pais e os poucos que eu conseguia ter. Eu criava um mix, muitas vezes só ouvia enquanto estava gravando e logo depois partia para o próximo. Pelo menos a coleção de fitas era bem grande então todos os mixes tinham chance de acabar sendo ouvidos.
Eu tinha um micro-system da Sony, modelo CFS-15 (precisei dar uma pesquisada pra encontrar o modelo). Ele não era nada de muito especial, mas eu era apaixonado nesse aparelho. As caixas de som eram destacáveis, e eu me divertia colocando elas em posições diferentes só pra ver o efeito que isso teria sobre o estéreo. Nessa época não eram os vizinhos, mas meu irmão (que dividia o quarto comigo) que sofria, inclusive de madrugada.
Depois dele eu tive outro aparelho igualmente importante. Um Aiwa NSX-S305, que ganhei de Natal quando me formei no Ensino Médio (lá se vão mais anos que eu gostaria de contar, basta dizer q é um número imporante em Star Trek TNG). Esse era mais moderno, tinha duplo deck, carrossel de 3 CDs e vários recursos extras.
Até hoje sinto falta dele. Ele foi levado quando em 2002 invadiram a casa onde ficava nossa república… que baita aparelho era esse. A potência dele não era muito grande (comparado à média dos aparelhos que havia por aí), mas era suficiente pra perturbar muita gente. Ainda mais se levar em conta que nessa época (1998-2002) foi minha fase mais metaleira.
A música tem um poder muito interessante. Ela me transporta de volta no tempo, como nenhuma outra coisa no mundo consegue. Ela me leva de volta a momentos que estão para sempre marcados na memória, lugares onde eu vivi e onde eu amei viver. Pessoas que eu conheci, coisas que eu senti e presenciei.
A nostalgia é uma companheira presente e a minha kryptonita. E a música é muitas vezes o remédio que eu tenho mais à mão pra poder recuperar pelo menos parte do que ficou para trás.
Tudo isso passou pela minha cabeça hoje enquanto eu ouvia essa playlist que está lá em cima, no começo do post. Daí uma ficha caiu que eu acho impressionante que não tenha caído antes. Eu muitas vezes fico incomodado com a baixa frequência dos posts neste blog, e fico me perguntando que tipo de coisa poderia ser um assunto interessante pra colocar aqui.
Como o próprio título já diz, este blog trata de “resmungos aleatórios de nerd” (que também dá pra traduzir como “resmungos de um nerd aleatório”). Então, resmungarei.
Sobre música.
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